Gatos enfrentam epidemia de diabetes: a obesidade felina tem seu preço

A vasta população de gatos sedentários  e sobre-alimentados na Grã-Bretanha está enfrentando uma verdadeira epidemia de diabetes com taxas crescentes de obesidade felina, afetando sériamente a saúde dos animais. O primeiro estudo no todo o Reino Unido de diabetes mellitus entre os gatos domésticos revelou que um em cada 230 estão propensos a desenvolver a doença, sendo os birmaneses os mais afetados, com um em cada 57 animais acometidos pela doença. As descobertas sugerem que a diabetes é uma ameaça maior para a saúde dos animais do que o distúrbio hormonal de hipertireoidismo, o mais comum a afetar os gatos. Dos 9 milhões de gatos ingleses, em torno de 40 mil terão diabetes, segundo os autores do estudo. Os pesquisadores acreditam que os números refletem aumentos dramáticos na diabetes felina em todo o mundo, incluindo um crescimento de cinco vezes no número de animais afetados nos EUA nos últimos 30 anos. A cientista líder Danielle Gunn-Moore, professora de medicina felina na Escola Real de Estudos Veterinários da Universidade de Edimburgo, diz que o alto nível de obesidade e diabetes vem crescendo por conta de mudanças drásticas no estilo de vida dos gatos: cada vez menos exercício e mais comida. “Os gatos costumavam circular livremente, mas agora muitos proprietários preferem mantê-los dentro de casa, e em vez de jogar e brincar com eles para mantê-los ativos, eles apenas dão-lhes de comer sempre que miam”, disse a Professora. Os pesquisadores estudaram registros veterinários de 14.030 gatos e descobriram  que 61 deles haviam sido diagnosticados com diabetes. Os questionários preenchidos por proprietários de 761 gatos que apresentaram os maiores fatores de risco foram de animais machos, castrados e com mais de 5 kg (£ 11) de peso, conformerelatado no Journal of Feline Medicine and Surgery. Distinguir os primeiros sinais pode ser difícil. Da mesma forma que nos seres humanos, a diabetes faz os gatos dormir muito, beber mais água e urinar com mais frequência. “Infelizmente, muitas vezes não conseguimos ver estes gatos, até que as taxas estejam muito elevadas, e uma vez que o gato está em coma, fica muito difícil salvá-lo”, disse Danielle Gunn-Moore. Se detectada a tempo, a diabetes felina pode ser tratada através da imposição de uma rigorosa dieta e exercícios, e injeções de insulina duas vezes ao dia, que os proprietários podem ser ensinados a administrar. fonte: theguardian.com]]>

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