Tétano em cães e gatos

TRANSMISSÃO A transmissão da doença ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos na pele, geralmente causados por objetos perfurantes contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Não apenas pregos e cercas enferrujados podem provocar a doença, a bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais diversos ambientes, o bacilo se encontra no intestino dos animais, especialmente do cavalo e do homem (sem causar doença) e os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com esterco, como na pele ou na poeira das ruas, por exemplo. O C. tetani pode instalar-se em qualquer ferida contaminada multiplicando-se no local e produzindo toxinas difusíveis, porém, não tem nenhuma capacidade invasora, não saindo do foco de infecção. Os casos naturais surgem principalmente após infecções profundas e perfurantes e em feridas purulentas, onde o ambiente é favorável à proliferação do C. tetani. Queimaduras e tecidos necrosados também são uma porta de entrada, o que favorece o desenvolvimento da bactéria.
SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos do tétano surgem 5 a 20 dias após a infecção da ferida. Animais com infecções leves ou iniciais apresentam andar rígido, orelhas eretas, cauda elevada, contração dos músculos faciais e febre. Os sinais podem ser mais graves na área corpórea adjacente ao local em que a toxina esta sendo produzida. Na forma grave da doença, o animal aparece em decúbito com rigidez extensora dos quatro membros, apresentando opistótono e ocasionalmente convulsões, podendo vir a óbito por insuficiência respiratória. O paciente pode sofrer de crises de contraturas, geralmente desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros ou pela manipulação do indivíduo, podendo levar à morte.
TRATAMENTO O tratamento consiste em repouso, debridamento da ferida, antibioticoterapia, neutralização da toxina e cuidados de suporte intensivo. O animal deve ser mantido em local silencioso e escuro.
PREVENÇÃO A vacinação é a única forma de proteção. Deve ser feita a utilização do soro antitetânico antes da realização de procedimentos cirúrgicos ou depois de ferimentos que possam facilitar a infecção; Evitar o contato de feridas profundas com o ambiente, tomar cuidado com a assepsia do instrumental cirúrgico e antissepsia das lesões, e eliminar objetos pontiagudos do ambiente de circulação dos animais.

Fontes: Fiocruz / Instituto Qualittas / cives.ufrj
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