Dirofilariose Canina – A doença do coração

A Dirofilariose ou o parasita do coração é uma doença parasitária dos cães, podendo também afetar os gatos. O parasita responsável pela dirofilariose é um nemátodo chamado Dirofilaria imitis. Os cães são infectados por formas larvares do parasita, transmitidas pela picada de um mosquito. Através da pele e da musculatura, estas larvas migram e penetram nos vasos sanguíneos, alojando-se, finalmente, no ventrículo direito do coração, na artéria pulmonar e na veia cava. Dependendo do grau de infestação, os parasitas poderão provocar uma redução considerável da função cardíaca, dificuldades respiratórias e uma tosse crônica.

O verme Dirofilaria Immitis, pertence à mesma classe das lombrigas. Na verdade eles até se parecem com as lombrigas, mas é aí que terminam as semelhança. O Dirofilaria Immitis passa a vida adulta no lado direito do coração e dos grandes vasos sanguíneos que conectam o coração e os pulmões.

Os vermes são encontrados em cães, gatos e furões. Eles também ocorrem em animais selvagens, como leões marinhos da Califórnia, raposas e lobos. Raramente são encontrados em pessoas.

Como ocorre a transmissão da doença

A transmissão do parasita do coração faz-se através da picada dos mosquitos fêmeas da espécie Culex pipiens. Os mosquitos ingerem as microfilárias (formas larvares imaturas do parasita) ao mesmo tempo que ingerem o sangue do cão. Cerca de 10 a 15 dias após a ingestão das microfilárias pelo mosquito, estas transformam-se em larvas infectantes, no seu interior. Quando o mosquito picar outro cão, as larvas penetram no corpo do animal.

Após a transmissão das larvas de dirofilária ao cão, estas migram até às artérias pulmonares e ao coração, onde se desenvolverão até ao estado adulto.

As larvas crescem e em cerca de três meses terminam a sua migração até o coração, onde ficam adultas, podendo atingir o comprimento de até 35 centímetros. O período entre o animal ser mordido por um mosquito infectado, até os vermes se tornarem adultos, acasalarem e botarem seus ovos é de cerca de 6 a 7 meses em cães e 8 meses nos gatos.

Cães muito infectados podem ter até centenas de vermes em seus corações e vasos. Vermes adultos em cães geralmente vivem de 5 a 7 anos. Trinta a oitenta por cento dos cães infectados têm microfilárias, e as microfilárias podem viver até 2 anos. Microfilárias não podem amadurecer em vermes adultos, a menos que eles passem por um mosquito. Existem mais de 60 espécies diferentes de mosquitos que podem transmitir a Dirofilaria. cilco_vida_dirofilaria_immitis

Prejuízos da Dirofilariose para os cães Nos cães, os vermes adultos podem obstruir vasos grandes sanguíneos que ligam o coração aos pulmões. Os vermes também podem entrar nos vasos menores nos pulmões e os obstruírem. Em casos mais graves, chamados de “síndrome caval”, os vermes enchem o ventrículo direito do coração.

Sinais clínicos mais frequentes

Os sinais clínicos da dirofilariose, consequência das lesões causadas pelo parasita no coração e vasos sanguíneos adjacentes, aparecem vários meses após o cão ter sido picado.

Numa fase precoce da doença, o cão demonstra poucos sinais clínicos. Estes vão evoluindo com o tempo, sendo os principais: a tosse crônica, a diminuição da tolerância ao exercício físico e perda de peso.

Posteriormente aparecerão a dispnéia (dificuldade em respirar), febre, podendo desenvolver-se também ascite (líquido na cavidade abdominal).

A morte dos parasitas pode levar à ocorrência de tromboses em vários órgãos. Na ausência de tratamento, a dirofilariose pode ser fatal.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito de duas formas:

– através de um esfregaço de sangue, observado ao microscópio, para tentar detectar a presença de microfilárias;

– através de amostra de sangue para detectar a presença de antígenos de parasitas adultos. Este teste só deve ser efetuado cerca de 6 a 7 meses após a infecção.

Tratamento

Os métodos de tratamento existentes atualmente são prolongados e implicam um acompanhamento frequente e regular por parte do Médico Veterinário. São geralmente compostos de injeções e medicações orais.

O tratamento não é livre de efeitos secundários. Estes serão mais frequentes e severos quanto maior for a infestação. Os efeitos secundários estão muitas vezes associados aos próprios medicamentos e/ou à morte dos parasitas adultos, o que pode levar à formação de tromboses.

Prevenção

A prevenção pode ser feita com comprimidos mensais ou através de injeções.

Estes tratamentos têm como objetivo a eliminação das formas larvares da Dirofilaria transmitidas pelos mosquitos, evitando que estas evoluam para parasitas adultos. Ou seja, os tratamentos são profiláticos e não evitam que os mosquitos piquem nos cães.

Coleria repelente

Uma forma de inibir a picada do mosquito transmissor da dirofilariose (Culex pipiens pipiens) é a utilização da coleira repelente. Atualmente temos disponível no mercado a coleira Scalibor®, que atua liberando deltametrina de uma forma regular e continuada, que para além de proteger os cães dos mosquitos transmissores da dirofilariose durante 6 meses, protege-os também de mais de 95% das picadas dos flebótomos transmissores da Leishmaniose Canina.

fonte: www.scalibor.pt/   / MSD saúde animal / www.tudosobrecachorros.com.br]]>

Leave a Reply

Your email address will not be published.